Como elaborar padrões de limpeza e lubrificação?


O objetivo da etapa 3 é buscar o “estado ideal” do local de trabalho, para garantir os ganhos das etapas anteriores (manutenção das condições básicas e ideais). O caminho para atingir este objetivo é a padronização da inspeção e da lubrificação.

A experiência das empresas no desenvolvimento e aplicação de procedimentos não é muito positiva. Normalmente são desenvolvidos por especialistas ou profissional do nível intermediário e posteriormente colocados para a sua aplicação nos níveis operacionais. O resultado é que os procedimentos não são usados. Uma prova disto é a pouca freqüência de revisão e até o seu desconhecimento por parte das pessoas que deveriam estar envolvidas com a sua utilização. A linguagem destes procedimentos normalmente não atende àqueles que necessitariam usá-los. 

A recomendação para o sucesso da aplicabilidade destes procedimentos é que os mesmos sejam desenvolvidos por quem vai usá-los, contando com o devido apoio técnico da Manutenção e/ou Engenharia. Lições de Um Ponto e Listas de Verificação devem ser elaboradas pelos próprios usuários. Evidentemente, estes padrões devem explicitar:

Quais itens devem ser limpos, inspecionados e ordenados. Estes itens podem ser plotados em desenhos do equipamento em duas perspectivas, auxiliados por etiquetas adesivas instaladas nas partes do equipamento;
Que método será utilizado para limpeza e inspeção;
Citar quais as ferramentas apropriadas para fazer uma atividade confortável, rápida e segura;
Tempo necessário para se fazer a inspeção e a limpeza;
Período entre as atividades;
Responsáveis por cada atividade

A lubrificação contribui para uma maior vida útil do equipamento


Os lubrificantes impedem a degeneração dos equipamentos e permitem a manutenção das condições básicas da operação. Porém, as sujeiras e contaminantes presentes nos tanques de óleo, nas engraxadeiras, nas luvas, etc. poderão provocar o entupimento do circuito, inutilizando todo o mecanismo de lubrificação. Mesmo que as lubrificações ineficientes não provoquem danos imediatos; isto faz com que o nível de descuido seja maior. Os engripamentos e outras modalidades de acidente constituem fenômenos diretamente ligados com a lubrificação. Há outros efeitos como a da queda gradativa das capacidades hidráulicas e pneumáticas, aumento nas vibrações, envelhecimento precoce etc., cujos efeitos, apesar de indiretos, representam prejuízos significativos, maior do que a dos fatores diretos.

A importância da lubrificação normalmente não é reconhecida pelos operadores (e até por alguns manutentores). Por isto, que nesta etapa é fundamental que os operadores sejam conscientizados do papel do lubrificante, para que já possam atacar os problemas que podem estar ocorrendo no sistema de lubrificação do equipamento.

À medida que os operadores são treinados em lubrificação, são adicionados aos padrões de inspeção e limpeza, os procedimentos e normas de lubrificação. 

A atividade de lubrificação do equipamento a ser feita pelo operador necessita alguns pré-requisitos:

a)     Conhecimento sobre lubrificação
b)     Conhecimento sobre o sistema de lubrificação de seus equipamentos
c)     Conhecimento sobre o lubrificante utilizado em seus equipamentos
d)     Habilidade para inspecionar níveis de lubrificantes
e)     Habilidade para completar o lubrificante quando o nível cair
f)     Habilidade para substituir o lubrificante

Todas estas etapas são passadas gradativamente pela Manutenção. O acompanhamento nas primeiras atividades de lubrificação pelo operador e o monitoramento periódico da eficácia das atividades é um dever da manutenção. Além disto, a Manutenção deve tomar algumas providências para facilitar o trabalho de lubrificação pelos operadores:

  • Elaboração dos padrões de lubrificação
  • Criação de Lições de Um Ponto de Conhecimento Básico em Lubrificação
  • Treinamento dos padrões e das Lições de Um Ponto
  • Criação de Controle Visual para facilitar o acesso ao sistema de lubrificação
  • Disponibilidade do lubrificante próximo aos operadores
  • Desenvolvimento de dispositivos para facilitar a lubrificação


Com a passagem das atividades de lubrificação para os operadores, os lubrificadores que pertencem a equipe de manutenção imaginam que poderão ser dispensados do quadro. Isto é um grande engano, pois eles passarão a ter maior qualificação sobre o tema desenvolvendo as seguintes atividades:

  • Pesquisa das condições atuais (tipos, qualidade, custo, anormalidades e custo por má lubrificação, condições de controle);
  • Elaboração do manual de normas do controle (Período de complementação e troca, Controle visual);
  • Economia de energia através de uma boa lubrificação (óleos lubrificantes especiais);
  • Métodos de análise (viscosidade, coloração e oxidação total, aparelho de medição);
  • Problemas com óleos lubrificantes (rota de circulação do relatório);
  • Treinamento (participação em encontros, treinamentos externos);
  • Prevenção do vazamento (melhoria da estrutura de vedação).


Os itens de controle do processo de lubrificação, com o esforço conjunto da Produção e Manutenção, podem ser o número de anormalidades referentes à lubrificação e o número de casos de melhorias referentes à lubrificação.

A etapa 3 tem uma importância muito grande no pilar da Manutenção Autônoma que é de consolidar a prática das etapas anteriores. Porém, algumas recomendações devem ser seguidas para garantir a sua eficácia:

  • A supervisão e corpo técnico devem responder prontamente quando solicitada pelos operadores e manutentores;
  • Tudo que for cobrado para ser limpo e inspecionado deve ser entendido pelo operador visando o seu comprometimento com a execução;
  • Supervisor deve garantir que os operadores estão habilitados para realizar o que está previsto e disponibilizar tempo e recursos para a sua execução;
  • Supervisor deve explorar junto ao operador a idéia de voltar às origens, ou seja, a imagem da máquina nova, no primórdio das suas atividades;
  • A equipe deverá ser previamente alertada de que a norma será sempre revista para facilitar a ação dos operadores e torná-la operacional. A discussão de cada procedimento envolvendo todas as pessoas despertará o espírito de equipe e uma maior predisposição para a sua obediência, pois tratam-se de regras definidas por si mesmas. Depois desta autosatisfação, o grupo estará maduro para continuamente melhorar os padrões.

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