O que é o pilar de Melhoria Individual
O pilar de Melhoria Individual dos equipamentos focaliza o gerenciamento do equipamento, especialmente a sua melhoria. Tem a particularidade de aplicar técnicas de solução de problemas em pequenos grupos, além de necessitar da participação de operadores, pessoal da manutenção, supervisores e engenheiros (podendo envolver também o pessoal de Vendas). Algumas empresas dão a este pilar a denominação de Melhorias Específicas ou de Kaizen. Na prática é um pilar que visa medir e atacar as perdas.
O (re)conhecimento das grandes perdas, as medidas, etapas e ferramentas para a obtenção da quebra zero é fundamental para a promoção da melhoria individual do equipamento.
PERDAS ACIDENTAIS E PERDAS CRÔNICAS
Há dois tipos de perdas decorrentes de acidentes imprevistos e de fatores crônicos.
Enquanto os acidentes possuem causas bem delimitadas mas que representam valores significativos, as perdas crônicas exigem várias medidas corretivas, muitas delas oriundas de um amplo estudo de engenharia.
As perdas crônicas são aquelas de difícil combate e que, para serem eliminadas, necessitam que haja introdução de melhorias. Estas perdas causam prejuízo ao rendimento global e geram produtos defeituosos.
A manutenção das perdas crônicas ocorre devido as seguintes causas:
- Resultados insatisfatórios após a adoção de algumas medidas corretivas;
- Impossibilidade de adoção de medidas corretivas devido a programação de produção;
- Não adoção de medidas corretivas por não estar sendo levantado os prejuízos;
- Desconhecimento da existência da perda.
Nem sempre consegue-se estabelecer a relação entre a causa e a perda. Pois podem existir, não somente uma causa, mas um conjunto associado das mesmas, dificultando a análise e solução.
Na teoria, as causas múltiplas podem ser separadas uma a uma, atacando-as com medidas corretivas consistentes. Apesar desta estratégia não garantir a extinção definitiva do problema, pelo menos há uma tendência de que o mesmo seja minimizado até valores aceitáveis.
É interessante o conhecimento das denominadas “falhas inconscientes”, pois normalmente não são computadas nos históricos dos equipamentos.
As falhas inconscientes de ordem físicas são aquelas que, por estarem despercebidas, não são consideradas como causas de inconveniências. Por exemplo:
• Falhas somente detectáveis ao equipamento ser desmontado;
• Falhas difíceis de serem visualizadas devido ao posicionamento inadequado;
• Falhas impossíveis de serem visualizadas devido a sujeira e detritos.
As falhas inconscientes de ordem psicológicas são falhas não consideradas por falta de conscientização ou carência de capacitação técnica dos operadores e pessoal da manutenção. Por exemplo:
• Indiferença;
• Falhas despercebidas;
• Falhas não consideradas por serem enquadradas como desprezíveis.
Um das técnicas usadas para atacar as perdas são a “Análise P-M” e a “Análise Por Que – Por que”.